O World Showcase do Epcot Center é uma volta ao mundo maluca por atrações que representam 11 diferentes países em volta de um lago.
Só que, em outubro, está rolando um Festival de Gastronomia e Vinhos, de modo que colocaram "quiosques" de vários outros países espalhados pelo parque. Tínhamos o dia inteiro para dar a volta, então, fomos com calma.
Começamos pelo pavilhão do Canadá. Na verdade, só tem 3 coisas ali: um restaurante, uma loja e um salão onde é exibido um filme de 18 minutos em 360 graus mostrando atrações daquela terra gelada. Conseguiram nos convencer: queremos viajar para lá.
O próximo é a Inglaterra, onde reproduzem uma cidadezinha inglesa misturando 4 séculos de arquitetura. Bonitinho, mas passamos direto. Demos azar de perder o show de um grupo que personifica os Beatles, mas...
Bão, tenho que contar algo antes de continuar a viagem: Todos os pavilhões são construídos e mantidos pelos países patrocinadores, e quem trabalha em cada um é gente que veio originalmente do país representado. Então, a Dê estava ouriçadíssima para treinar o francês dela, e demos sorte: No pavilhão da França, pegamos uma mocinha extremamente simpática em uma loja de vinhos e as duas amarraram os bigodes, falando mais que pobres na chuva. A Denise ficou orgulhosíssima quando ela perguntou se ela não era canadense, achando que isso era um elogio ao seu francês (depois descobrimos que o francês do Canadá é ininteligível, mas isso é outra história). Foi ali, também, que almoçamos: uma patisserie sensacional, e pegamos uma baguete, uma seleção de queijos, croissants e uns doces ótimos. E baratinho, o que mais nos impressionou. Um dos pontos altos do dia.
Marrocos tem um restaurante muito bem cotado, mas caro. A parte que reproduz um mercado é bem interessante, apesar dos produtos a venda serem bem vagabundinhos.
O Japão tem um dos sítios mais bem construídos, a sensação que você tem é que está, mesmo, em Kyoto, os jardins são maravilhosos. Mas o que nos chamou a atenção, mesmo, é a mega-hiper-super loja que tem lá dentro, com produtos do outro lado do mundo. E se tem uma coisa em que os japoneses são imbatíveis é na simpatia: a mocinha que tomava conta da joalheria especializada em pérolas ficou conversando com a gente um tempão, uma delicadeza e uma atenção que não dá para explicar. Dava vontade de virar amigo e ficar ligando de vez em quando só para jogar conversa fora.
Estados Unidos valeu pela bandinha que passou, tocando músicas da época da guerra pela independência.
Quando chegamos à Alemanha estávamos mortos. Os dias anteriores e o calor absurdo cobraram o preço e nos sentamos em uma pracinha de uma cidadezinha do século XVIII tomando uma cerveja (quente) e comendo um apfelstrudel. As atendentes mais antipáticas da volta ao mundo estavam ali, apesar de bonitas.
Quando conseguimos nos forçar a continuar, ainda estávamos quebrados. Assim, o pavilhão da China só conseguiu nos atrair por que pudemos nos sentar em uns banquinhos lá esperando começar um filme 360 graus (igual ao do Canadá). Só que não nos animamos a ver o filme, e fomos embora. Foi o momento de apelarmos para as drogas pesadas, e tomamos uns relaxantes musculares.
E foi bom ter feito isso. O pavilhão seguinte, da Noruega, tem um passeiozinho de barco no meio de lendas de trolls e outras figuras do folclore de lá. Deu para descansar um pouco, conversar um pouco sobre os trolls com uma mocinha linda que tomava conta da loja (carérrima) e estávamos prontos para encerrar o dia: O México fecharia o circuito.
O México tem um pavilhão muito bonito, e muito animado, mas nossas baterias haviam acabado. Andamos por lá, vimos o que tínhamos que ver, mas queríamos mesmo era voltar para o hotel e descansar.
Eu falei que havia montes de pequenos quiosques de outros países, né? Pois bem no nosso caminho para ir embora, passamos pelos da Argentina (onde comemos uma empanada) e pelo do Brasil, onde comemos alguma coisa que eles diziam ser um bobó de camarão. Estes quiosques, ao contrário dos pavilhões originais, não tinham "nativos" atendendo, não, então nem dava para tentar explicar o que estava errado.
Bão, o dia seguinte seria de descanso. Há.