Quando nos decidimos a comprar a casa (essa frase está certa?! tenho a impressão de que meu português está indo para o buraco, sem que meu inglês melhore nada no processo), começamos a procurar no centro da cidade, perto de onde morávamos.
E eu vi um anúncio de uma casa fabulosa: construida em 1885, reformada de uma maneira linda. O problema é que pegaram aquele casarão e dividiram em 4 apartamentos, sendo que o único ainda disponível tinha a entrada, sala, cozinha e banheiro no térreo e quartos no porão. E era pequeno, para o que imaginávamos. Se eu fosse solteiro, seria perfeito - e os gatos iriam amar o janelão que dava para uma rua movimentada.
Bão, pelo menos conhecemos um corretor e dissemos para ele o que queríamos. Ou melhor, o que achávamos que queríamos.
No fim de semana seguinte, ele nos levou para conhecer um monte de casas velhas, no centro, e que precisavam desesperadamente de grandes reformas.
Nós não tínhamos dinheiro para comprar uma casa E fazer uma reforma.
Ele então nos levou para o sul da cidade, muito longe de onde achávamos que seria conveniente, e nos mostrou uma casa recém construída.
Espaçosa. Aberta. No fim de uma rua sem saída. Um porão no osso, pedindo para ser algo interessante algum dia. Uma suíte de casal enorme, com um banheiro enorme. 3 quartos (um para o Henrique, um para as coisas de costura da Dê e o terceiro para nossos planos futuros). Uma cozinha enorme, espaçosa, prática. Um jardim na frente e um grande quintal no fundo. E pintada inteiramente em um cinza arroxeado esquisito.
Eu me encantei pela casa. E o corretor, enrolado que só, nos deu o bolo nos próximos 2 fins de semana, inventando umas desculpas completamente estapafúrdias, e acabamos dispensando o cabra (quando viu que iria perder os clientes, ele ainda tentou uma jogada desesperada e ficou me ligando e mandando e-mails, o último dos quais terminando com promessas de "mucho cariño". Ainda bem que nos livramos da mala...).
A nova corretora, Kim, era diferente. Eficiente, organizada, interessada. Nos levou para ver montes e montes de casas, algumas bem interessantes. Mas eu não tirava a casa cinza da cabeça (para desespero da Dê) e, no fim, ficamos com ela mesmo.
Só que, antes de nos mudarmos, alguma coisa tinha que ser feita. E nós pintamos os banheiros, a lavanderia, o escritório, o quarto C (de "costura"), o closet e a suíte. Verdes, vermelhos, amarelos, marrom escuro, qualquer coisa era melhor que o cinza triste e opaco de dentro de casa.
Bão, estamos agora na Fase 2 da pintura: o quarto B (o primeiro ao lado da suíte, e o menorzinho da casa) ganhou um creme/pesseguinho, muito claro e muito bunitim. E minhas habilidades como pintor melhoraram muito, estou orgulhoso do trabalho que fiz lá. E agora só falta o quarto D (De hóspedes, ou Do Henrique, também pode ser chamado de quarto H), que vai ser azul. Acabo tudo no fim de semana e, depois disso, vem o grande desafio: a fase 3 vai ser pintar as salas e a cozinha, incluindo aí o pé direito duplo da entrada.
Quem disse que a gente não se aventura por aqui?
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on 5 de nov. de 2009
at quinta-feira, novembro 05, 2009
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Casa
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