Feliz Ano Novo  

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Que tudo se realize no ano que vai nascer!

Muito dinheiro no bolso, saúde para dar e vender.



Denise, Max, O'Malley, Manu e Joey.

Plantão Médico  

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Rescue Me  

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Aí, então, que a gatinha desapareceu. Normal. Ela sempre se esconde em algum lugar.

A Dê ia saindo para o supermercado e começou a procurar a bichinha antes de sair.

E nada de achar.

Foi no subsolo. E começou a escutar ela chorando.

Quando se deu conta, viu que o choro estava vindo de dentro do aquecedor.

A grelha da tubulação que tem no chão da cozinha estava suja, e eu tirei para limpar.

Ela entrou pela tubulação, igual personagem de desenho animado, e foi parar dentro da fornalha. E não conseguia mais sair.

A Dê correu e desligou o aquecimento. Se não faz isso, na próxima vez que ele ligasse, automaticamente, ela iria ser queimada.

Eu comecei a procurar alguma abertura, alguma forma de chegar até ela, mas não via nenhuma. E ela parou de responder aos nossos chamados. A Dê entrou em pânico aí, e não parava mais de chorar.

Tentei achar uma companhia que trabalhasse com aquecedores, mas o timing foi preciso: sábado, final de tarde, depois de um feriado. Nenhuma firma funcionando. Por fim, achei uma que atende emergências, mas o cabra só poderia chegar aqui depois de 4 ou 5 horas. A mulher no telefone me recomendou chamar os bombeiros, e foi o que eu fiz.

Chegaram em menos de 5 minutos. Um caminhão enorme, só faltava virem com sirenes e luzes. 6 sujeitos - completamente vestidos para retirar sobreviventes de dentro do World Trade Center durante o desabamento - entram e vão para o porão. Nos dão um documento para assinar, em que autorizamos eles a demolirem a casa.

Não foi preciso chegar a tanto. Eles só desmontaram a fornalha. E a Joey saiu lá de dentro, toda suja e assustada.

Agora, estamos só esperando o tal técnico da empresa especializada vir aqui remontar a fornalha, enquanto a temperatura dentro de casa cai. Vamos ver quanto vai custar a brincadeira.

E autorizamos o O'Malley e a Manu a baterem nela o quanto quiserem, hoje. Tá liberado.

Sobre a Joey  

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(sim, já está batizada).
Fomos a dois abrigos, ontem. O primeiro, meio bagunçado e sujo, com os gatos soltos dentro das diferentes salas.

Nós chegamos a balançar lá por causa de dois gatos: o primeiro, um peludão de 9 anos que se apaixonou por mim. Veio para o meu lado, ficou se esfregando e ronronando. Só que a Dê argumentou que o O'Malley nunca iria aceitar outro macho adulto dentro de casa e, com dor na consciência, deixamos o bichinho lá. Só que, em outra sala, encontramos outro macho adulto. Laranja, enorme, peludão, lindo. E também veio para cima da gente, pedindo carinho. Íamos deixar todos os princípios de lado e tentar adotar aquele mesmo, mas a mulher do abrigo disse que ele (e outros 4) pertencia a uma sem teto que circula ali pelas redondezas e que eles ficavam com os gatos de vez em quando para ajudá-la.
Melhor assim.

Então, fomos para o outro abrigo.

Arrumadinho, bonitinho, organizado. As donas são duas loirosas, tipo cheer leader, sacumé? Mini saia e botas? Mãe e filha.

E, logo na entrada, uma gaiolinha. E dentro, olhando para a porta, essa gatinha aí. A Dê se encantou na hora, abriu a gaiola, pegou a bichinha e ela quase explodiu de tanto ronronar. Na verdade, as duas quase explodiram, a Dê também ficou histérica. Foi amor à primeira vista. Ainda fomos olhar os outros gatos do abrigo para aliviar a consciência, mas o feitiço já estava feito.

Eu já contei aqui sobre a maldição que a Dê carrega? É assim: se ela entra em algum lugar (loja, supermercado, oficina, qualquer lugar), em poucos minutos começa a chegar gente, até o ponto em que fica impossível andar lá dentro. Já pensamos até em alugar a presença dela em lojas para melhorar os negócios, mas deixamos para lá.

Bão, a maldição funcionou ontem também. Pouco tempo depois que a gente chegou, o abrigo ficou cheio de gente. MUITO cheio. E, aparentemente, todo mundo queria adotar a nossa gatinha. Ainda bem que já estávamos preenchendo a papelada, senão...

Para você ter uma idéia da nossa sorte, um casal que chegou 10 minutos depois da gente havia adotado um dos irmãos dela dois dias antes, e voltaram lá apenas para tentar adotar a irmã, também.

Mas, enfim: já está aqui em casa, a Manu está com medo dela, o O'Malley está rosnando até para a sombra e parece que ela nunca fica cansada de brincar. E achamos que ela tem cara de Joey (diminutivo de Josephine). Calamity Joey. A Dê é que é chata e não me deixa colocar o sobrenome de Landingham... Mas ainda estou insistindo.

Ainda não consigo me lembrar por que é que adotamos a bichinha, não, mas ela vai ser devidamente mimada e estragada aqui...

e a família aumentou...  

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com vocês:

Gatinha!! (sim, ainda não conseguimos pensar um nome para ela)...


Avatar  

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01:38 da manhã de sábado.

Acabamos de chegar do filme, e eu tenho duas coisas para falar:

1. Putaquiupariu!!

2. Vamos comprar outros ingressos amanhã (a bilheteria estava fechada na hora que saímos).

Começaram as férias da Dê hoje, então, vamos ter 2 semanas para rever esse filme. Pelo menos uma vez, mas eu duvido que seja só uma...

homem de ferro 2  

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a garota da página 194  

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Lá no estúdio onde a Denise dá aulas de costura tem um monte de revistas e livros de moda. E eu passo um bom tempo lá de vez em quando, esperando as costureiras terminarem suas infindáveis conversas sobre tecidos e técnicas e softwares especiais para máquinas de costura que escaneiam seu corpo e vomitam um terno de 3 peças perfeitamente adequado ao seu corpo em 3 minutos e meio.

Bão, um dos livros que eu descobri lá e que vivo folheando é interessantíssimo: a história da moda vista atráves da história da revista Vogue. Fotos e mais fotos, artigos e mais artigos vindos desde o século XIX. E eu estava justamente comentando com a Dê como as coisas eram bonitas e interessantes até... Twiggy. A modelo andrógina e impressionantemente magra que mudou a forma como roupas eram vendidas lá na virada dos '60 para os '70.

A partir daí, parece que todas as revistas femininas ficaram exatamente iguais.

Alguém superpoderoso nesse meio da moda - alguém que, certamente, não gosta de mulher - decidiu que o padrão aceitável para as suas páginas a partir daquele momento seriam modelos magérrimas com cara de doentes e/ou drogadas, e todas as outras seguiram.

E fodam-se todas as mulheres do mundo, bombardeadas dia após dia com a mensagem por trás dessas fotos: se você não é magra a ponto de um refugiado etíope se sentir preocupado com sua saúde, você não é um ser humano interessante, ou que valha realmente alguma coisa.

E foi justamente a Twiggy, agora nos seus 60 anos, quem me chamou a atenção hoje na edição digital d'O Globo. Lá mostra a campanha abaixo, de um creme anti-rugas, e que gerou protestos na Europa por causa da cara de pau da manipulação photoshópica. O anúncio foi proibido - mas a empresa ainda teve a cara de pau de tentar se defender com uma historinha para boi dormir. Se quiser mais detalhes, leia aqui.

Uéu, tudo o que a gente já se cansou de ver, né? É assim mesmo, não tem nada o que se pode fazer, blá, blá, blá.
Mas aí eu descobri que o número de setembro da revista Glamour publicou essa foto aqui embaixo.



Uma mulher bonita, sorrindo. E ela tem um corpo impressionante! É algo que não estamos acostumados a ver em nenhum lugar: um corpo normal!

A revista não para de receber cartas elogiando a garota da página 194. E prometeu um número com fotos de mulheres normais, de tamanhos normais.

Quem sabe não dá para ter alguma esperança?

O Peru da Denise (ou manteiga nunca é demais)  

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Atendendo a inúmeros pedidos (pelo menos 1, da nossa advogada favorita Denise), segue a elogiadíssima receita do Peru da (minha) Denise, que foi servido aqui na Mansão Pinheiro Amaral no último Thanksgiving.

Reclamações, críticas e sugestões, ligue para o nosso serviço de atendimento ao cliente. Eu só não forneço o número para evitar que alguém se aborreça com a musiquinha de espera. Mas sua ligação é muito importante para nós.

Esta é uma receita para um peru de 8 kg, que dá e sobra (e, segundo a Denise, tem que sobrar) para umas 8 ou 10 pessoas.

Sobre o Peru

- NÃO compre peru previamente temperado.
- Se comprar congelado, descongele devagar, na geladeira ou com água fria. É devagar mesmo, coisa de um dia inteiro ou mais, dependendo do tamanho do peru.
- 2 dias antes de cozinhar o peru, limpe ele todo. Tire os miúdos e dê uma última lavada com cachaça (pode ser vagabunda). Deixe escorrer a cachaça, mas não enxague.

Sobre a salmoura

- O peru vai ter que ficar mergulhado em uma salmoura durante 24 a 36 horas antes de começar a ser cozido. Isso é parte do segredo para a carne ficar molhadinha.
- 9 litros de água. Em algumas receitas, os americanos substituem parte dessa água por suco de limão, laranja ou maçã (1/2 litro, mais ou menos). Arrisque.
- 2 xc sal granulado (tente usar o sal Kosher, judeu. Acho que dá para achar em lojas especializadas. Em último caso, use sal grosso. Sal refinado só em último caso e, nesse caso, é melhor reduzir a quantidade pela metade).
- 2 xc açucar
- 1 colher de sopa de pimenta em grãos (opcional)
- 5 a 10 folhas de louro (opcional)
- ½ xc ervas a gosto (opcional)
- 1 a duas cabeças de alho – dê uma amassadinha básica nos dentes, mas não é para espremer, não. (opcional)
- 4 a 5 limões cortados em rodelas. (opcional)

Coloque essa mistureba toda para ferver (pode ser em 2 panelas diferentes). O sal e o açucar têm que ficar completamente dissolvidos.
Deixe esfriar. Na verdade, a salmoura tem que ser resfriada. Tem que ficar na mesma temperatura do peru, que já vai estar descongelado dentro da geladeira. Só que é difícil imaginar quem tenha uma geladeira grande o bastante para, ao mesmo tempo, receber o peru e 9 litros de salmoura. Então, uma das possibilidades é você fazer a salmoura com menos água e, depois que ela tiver chegado à temperatura ambiente, acrescente água gelada ou gelo para dar a quantidade certa. Nós aqui demos sorte: no dia do preparo, a temperatura lá fora era de –4o C. Foi só deixar as panelas na varanda que tudo deu certo.

24 a 36 horas de iniciar o cozimento do peru, coloque o dito cujo dentro de uns sacões plásticos reforçados (ou em uma panela enorme, mas acho que o uso do saco plástico é melhor) e despeje a salmoura lá dentro. Coloque dentro da geladeira e esqueça. Ou, em linguagem culinária, reserve.

Sobre a manteiga de ervas

Essa manteiga vai ser colocada entre a pele do peru e a carne. Ela pode ser feita muito antes, e pode ser congelada por até 2 meses. No caso de ter sido congelada, deixe na geladeira pelo menos 24 horas antes de usar.

- 1 xc de manteiga sem sal (temperatura ambiente), diz a receita. A Denise usa com sal, mesmo.
- 1/2 xc de Shallots picados bem fininhos (cerca de 85 g). Shallots são uns primos da cebola e do alho chamados de chalotas em Portugal. Nunca vimos no Brasil, então, se não achar, use cebola roxa.
- 1/2 xc de vinho branco seco
- 1/4 xc de salsa fresca picadinha (cerca de 30 g)
- 1/4 xc de tomilho fresco picadinho (cerca de 20 g)
- 1/4 xc de salvia fresca picadinha (cerca de 15 g)

Em uma panela média, derreta a manteiga em fogo médio até começar a levantar fervura e formar espuma. Adicione as cebolas e cozinhe até ficarem macias e soltarem o cheiro, mexendo de vez em quando, uns 3 min. Adicione o vinho e ferva até evaporar completamente, uns 5 a 8 min. Misture a salsa, o tomilho e a sálvia e cozinhe até cheirar, uns 2 min mais. Retire do fogo, transfira para uma vasilha e reserve (toda receita que preste tem que ter a palavra “reserve” pelo menos umas 3 vezes) na geladeira. Quando estiver bem resfriada, coloque junto com o resto da manteiga na vasilha de uma batedeira e bata em velocidade média até misturar bem, cerca de 1 min.
Em um pedaço grande filme de cozinha, coloque a manteiga com ervas na forma de um cilindro de uns 3 cm de diâmetro. Enrole com o filme e refrigere.

Sobre o estufamento do peru

Tire o peru da salmoura e jogue fora (a salmoura, não o peru).
Lave o peru (evite usar sabão). Na verdade, apenas enxague o bicho, e o enxugue da melhor maneira possível com toalhas de papel, por dentro e por fora.
Jogue pimenta do reino moída a gosto lá dentro. Amasse um pouco de alho e passe por dentro, também. Aí, pegue o stuffing (2 cebolas grandes descascasdas e cortadas em 4, salsa em ramo sem picar, cebolinha também sem picar, 1 maço de alho poró, fatias de maças) e estufe o peru. Mesmo. Encha o bicho. Feche as cavidades amarrando as pernas dele com barbante. Palitos também são permitidos, apesar de olhados com certo desdém por culinaristas metidas. Segundo elas o palito fura a carne e solta os ricos caldinhos. Apenas feche essas coisas lá dentro, eu tenho que explicar tudo? Faça-me o favor...

Sobre o preparo final

Pré aqueça o forno a 165o C.
Retire o rolo de manteiga de ervas da geladeira umas duas horas antes do começo da função e corte em discos de ½ cm de largura.
Com o peito do peru para cima, vá enfiando as mãos cuidadosamente entre a pele do peru e a carne, separe bem a pele (cuidado para não rompê-la) e vá enfiando os discos de manteiga em todos os espaços possíveis, em contato com a carne.
Agora, aqui tem um probleminha: é muito fácil achar aqui nos EUA uma panela própria para assar perus. Olha a foto aí:


Ela tem essa grelha que mantem o bicho fora dos sucos embaixo, e permite que o calor do forno circule livre por ele todo.
Coloque o peru com o peito para baixo na grelha. Pincele todo ele com manteiga (pode usar o que sobrar da manteiga de ervas).
Coloque os miúdos do peru dentro da panela, por baixo da grelha, e acrescente um pouco de água.
Coloque o peru dentro do forno pre-aquecido.
Para um peru de 8 kg (essa nossa receita aqui), ele vai cozinhar durante umas 4 ½ a 5 horas.
Durante a primeira hora do peru com o peito para baixo, cubra tudo com papel alumínio.
Depois de 1 hora do começo do cozimento, pincele novamente com a manteiga derretida.
Daí em diante, a cada ½ hora pegue os sucos do fundo da panela e jogue sobre o peru, molhando-o o máximo que puder de cada vez. A gente usa um conta-gotas gigante, também muito fácil de achar aqui. Faça isso rapidamente para que a temperatura do forno não caia.
Na metade do tempo de cozimento (2 horas), vire o peru, deixando o peito para cima. Pincele com manteiga de novo e continue jogando os sucos por cima.
½ hora antes do tempo final de cozimento, verifique a temperatura da carne. Faça isso no peito e nas coxas, e evite encostar em algum osso, que vai estar com uma temperatura superior. A carne tem que estar entre 75 e 80o C.

Se deu tudo certo até agora, retire o bicho do forno, deixe descansar durante uns 20 minutos ou ½ hora e pode servir.
Apesar de ser bonito ver aquele peru chegar inteiro na mesa e ser cortado lá, é mais prático destrinchar o bicho todo na cozinha e colocar os pedaços em uma travessa bonita, que pode até ser decorada (eu gosto de fios de ovos e cerejas, mas a Dê não sabe fazer, ou diz que não sabe para não fazer para mim, sabe-se lá o que se passa na cabeça dessas mulheres).

Congele a carcaça para fazer uma sopa no inverno.

Se ficar bom, convida a gente no ano que vem.

eu tenhô...  

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Robin Hood  

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Russel Crowe e Cate Blanchett em um filme do Ridley Scott?

I rest my case.

(até imagino a cara da Rubeolina quando vir isso... rs...)

música de qualidade  

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Lembrei dos meus irmãos: do Marco, por que toca violão. Do Marcelo, por que cantava em inglês desse jeito quando era garoto...

"Avatar": uma flecha no coração da máquina  

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Na próxima sexta feira, dia 18, estréia aqui o novo filme do James Cameron, de Titanic. Um filme que ele levou anos para produzir simplesmente por que a tecnologia não existia, e ele foi atrás, "inventando" junto com a Sony as câmeras necessárias para fazer as filmagens em 3D.


Eu já estava em pulgas para ver esse filme mas, agora, lendo esse belo texto da Ana Maria Bahiana, estou quase tão ansioso quanto estava domingo passado, antes da final do Brasileirão (achou que eu não iria mais falar do Flamengo, né? há!).


Então, já que temos que esperar, mesmo, leia aí também.



Eu tinha oito anos quando vi Hatari! de Howard Hawks, a primeira vez no falecido Roxy, no Rio de Janeiro, e muitas vezes mais no falecido Arte de Teresópolis, na serra fluminense. Saí do cinema sem saber o que tinha acontecido comigo. Queria ser John Wayne. Queria estar nas savanas da África, num jipe a toda velocidade, entre zebras e rinocerontes. Queria saber como se podia filmar uma coisa daquelas, “de verdade” e não como os Tom & Jerrys das domingueiras no Cine Pax de Ipanema. Queria saber quem era Howard Hawks, como funcionava uma câmera, como se fazia um filme. Meu coração aventureiro, até então alimentado por Julio Verne, Monteiro Lobato e Jack London, realizava o que parecia impossível: ver o que até então apenas imaginava. Foi, certamente, o primeiro filme que mudou minha vida, um impacto semelhante ao de alguns anos depois, quando eu ouviria os Beatles pela primeira vez.
Eu queria muito ter oito anos agora e ver Avatar. Mesmo considerando – especialmente considerando – que meninas e meninos de 8 anos, hoje, são visualmente muito mais sofisticados do que os da minha geração, esse é o filme que deve se ver no momento em que os fundamentos dos nossos gostos e ambições estão se formando. Visto pelos olhos de alguém entre 8 e 13 anos, este é o filme que pode fazer o que Hatari! fez por mim: deflagrar uma paixão incontrolável pela imagem em movimento.
Com oito anos a rendição à poderosa magia de Avatar seria imediata e irrestrita. Não se questionaria o diálogo tipicamente cameroniano – que , na sua urgência e simplicidade, lembra muito os diálogos de graphic novels – nem se ficaria o tempo todo esperando um defeito na gloriosa tapeçaria digital construída por Cameron e a WETA (em vão: não há.)
Mas não adianta. A mente adulta quer pisar no freio mas não consegue. Avatar tem aquilo que só o melhor cinema proporciona: o poder absoluto de ativar nosso inconsciente, provocar um estado de sonho acordado, um transe rigorosamente sob controle na sala escura. E em 3D, como sonhamos mesmo.
E – o que diferencia um grande filme de um filminho – honra essa capacidade enchendo seus velozes 150 minutos com uma poderosa meditação sobre os eternos ciclos de expansão, conquista, dominação e genocídio que pontuaram a trajetória da humanidade desde que saímos das cavernas. A história, simples, tem a força dos bons mitos: humanos fugindo da Terra que devastaram ocupam o planeta Pandora, coberto de luxuriante vegetação, repleto de infinitos recursos naturais e habitado por uma espécie humanóide de três metros de altura, pele azul, capaz de respirar o ar do planeta (fatal para terráqueos) e reverente a toda vida ao seu redor. Como não repetir as tragédias de Américas, Áfricas, impérios outros?
Levado a habitar o corpo de um dos nativos (num “avatar”) um humano (Sam Worthington) se torna capaz de andar em seus passos e ver com seus olhos. É um transe dentro do transe – o avatar só funciona enquanto seu “condutor” está dormindo, uma das metáforas visuais mais fortes e bem usadas do filme. Levada pelo sonho lúcido, a consciência vem, inevitável. No final, tudo se resumirá a um arco e uma flecha contra uma armadura robotizada, outra metáfora maravilhosa para o choque de duas visões opostas do que seria a “civilização”.
Cameron é um realizador à moda de seus grandes antecessores, os Griffiths e Meliès da história do cinema : sua visão exige o avanço da tecnologia, e ele não espera por ela, mas faz. Que ele tenha proporcionado um verdadeiro salto quântico ao cinema para contar uma história de tamanha integridade moral e precisão temática, neste momento, é simplesmente notável.
Não adianta ser esnobe: é imperdível.
pe esse: Rubeolina também escreveu sobre o filme. Olha lá.



Official Avatar Movie

minha mulher é um doce  

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Enquanto eu estava imerso em atividades importantíssimas (acompanhar o Mengão na final do Brasileirão), a Dê me deu uma folga e... foi para a cozinha.
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Quando eu me dei conta, ela havia feito cookies, marshmellows, madeleines, pinwheels, brigadeiro, palha italiana e bomboms de chocolate para serem nossos "presentes de fim de ano" para os amigos, vizinhos e colegas de trabalho.
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MadeleinesCookies
PinwheelsPalha ItalianaBombons de chocolate (com recheios de doce de leite, licor...)
O encaixotamento (viu os marshmellows ali?)
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Como bem frisou minha prima Daniella, eu não sei como é que eu ainda não sofro de obesidade mórbida.

E, acredite: ficou tudo lindo e muito gostoso. O fotógrafo aqui é que é muito ruim, não fez justiça aos acepipes.



(e a americanada aqui que não consegue entender que tudo é feito em casa?! eles sempre acham que a gente comprou em algum lugar...)

e continuando a festa  

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é équiça!!!  

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Be not afraid of greatness–Shakespeare, Twelfth Night, II, v

é hoje o dia...  

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imitando Barbacena  

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11:31 da manhã.

12 graus Celsius. Negativos.

Diliça!!

Thanksgiving dos outros é refresco  

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Uma imagem fala mais que mil palavras, então, aqui vai um resuminho do Thanksgiving aqui em casa:
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Tudo começou com o planejamento meticuloso. Denise procurando todas as dicas possíveis na net, desde o melhor tempero para o peru até a melhor maneira de colocar os talheres na mesa.
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A lista do menu, dos utensílios, de tudo o que precisávamos. São 18 páginas, fora os anexos.
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O planejamento levou à descoberta de que não tínhamos uma toalha para colocar na mesa. Ainda bem que a Dê tem 4.523 diferentes cortes de tecido em casa, todos catalogados, e achamos esse verdão aí que ia ficar bem bonito. Então, terça e quarta feira foram dedicados ao corte e costura de nossa toalha para as festividades.
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A seguir, a compra do peru. Aqui, O'Malley confere se a caixa que trouxe a mega ave aqui para casa era verdadeiramente segura.
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Também descobrimos que não tínhamos uma faca legal para partir o peru, o que levou à antecipação do presente de Natal da Dê - suas super-hiper-mega-ultra facas ninja. Pela foto, dá para ver que ela gostou das dita cujas.
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Os americanos têm um jeito de preparar o peru que o deixa tenro, molhadinho. Sim, eu sei que deve ter gente dando risada dos duplos sentidos dessa frase, mas deixa essa sua mente poluída fora da discussão. Aqui, uma salmoura (9 litros de água, sal, limão, ervas e outros ingredientes secretos) no qual o peru iria ficar descansando durante 2 dias. Acredite, funciona.
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O peru esperando a hora de ir para o forno, dentro da geladeira, em um sacão plástico com a salmoura.
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A preparação. Denise coloca manteiga e ervas embaixo da pele do peru. Trabalho prá caramba.
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Nem só de peru vive um thanksgiving. Denise fez marshmellow em casa para decorar o bolo de chocolate que iria ser servido na sobremesa, junto com sorvete de baunilha. Ela fez uma torta de maçã, também, que ninguém tocou (ninguém deixou espaço para isso, pior para mim que tive que comê-la praticamente sozinho, impressionante como eu sofro).
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A chef, já na hora que os convidados estavam chegando.
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Nossa mesa bunitinha, com as porcelanas inglesas que compramos por aqui. Chic, eu agarantcho.
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Meu primeiro prato. Mas ninguém foi indelicado de contar quantos foram consumidos no total.
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Alguns dos convidados (Scott e Marlyn, e seu filho Conrad, com a gloriosa camisa dos Denver Broncos, que humilhou os NY Giants em um jogo que aconteceu bem na hora do jantar). Khadija, Susan e Vanessa chegaram atrasadas, vê se pode?!?
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O bolo de chocolate com os marshmellows.
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A cozinha no "depois". Precisamos de 3 dias para colocá-la em ordem, de novo.