Cats are...  

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...composed of Matter, Anti-Matter, and It-Doesn't-Matter!!

Anon A. Mouse
Ilustração da Irisz Agocs. Olha o site dela aqui.

(lindim, né não?!? roubei do blog da Sora)

O fim do Mundo  

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Já reparou a quantidade de filmes-catástrofe que têm inundado os cinemas nos últimos anos?

Sem forçar muito a memória, dá para lembrar de Independence Day (1996), 12 Macacos (1995), a série do Exterminador do Futuro (que começou em 1984), O dia em que a Terra parou (2008), Eu sou a Lenda (2007), A Guerra dos Mundos (2005), O Dia depois de Amanhã (2005), Armageddon e Impacto Profundo (1998) e por aí vai.

Pois bem: acabamos de assistir a mais um da série: “Presságio” (2009), com o Nicholas Cage. Mas estou curioso, mesmo, é em relação ao filme que será lançado no fim do ano, “2012”, com o John Cusack (21 de dezembro de 2012, para quem não sabe, é a data que um antigo calendário Maia prevê para o fim dos tempos).

E descobrimos que vem mais dois por aí: The Book of Eli (com Denzel Washington e Gary Oldman) e Hard Road (com o indefinido Viggo Mortensen)

Bom, a Dê tem uma teoria de que tantos filmes - e livros, e histórias em quadrinhos, programas de TV, novas igrejas, etc - falando sobre o fim do mundo pode ser, na verdade, uma espécie de premonição coletiva da raça humana. Alguma espécie de inconsciente coletivo berrando. Estamos nos aproximando do (real) armagedom e lá no fundo, inconscientemente, estaríamos sentindo isso.

A população humana no Planeta já ultrapassou todos os limites do conveniente (vamos ser 7,5 bilhões em 2012, dá para acreditar?), temos o aquecimento global, o sério problema energético, doenças se espalhando mais rápido do que podemos combater (olha a gripe suína aí), o Lula, fanatismo religioso crescente, enfim, todos os sinais de que as coisas não andam bem.


Pelo sim, pelo não, estou pensando em comprar uns garrafões e estocar água lá no porão...

Dr. Horrible  

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Descobri essa semana, e acho que é das coisas mais interessantes e engraçadas que apareceram na Internet nos últimos tempos:

Dr. Horrible's Sing-Along Blog.

Seguinte: durante a greve dos roteiristas de 2007, Joss Whedon, o cabra por trás de Firefly, Buffy, a caça-vampiros e Dollhouse (e outras coisitas mas, o cabra é bom!) se juntou com seus irmãos e alguns amigos e criaram esse curto musical sobre um aspirante a super-vilão, Dr. Horrible (Neil Patrick Harris, sensacional!), que quer entrar para a E.L.E. (Evil League of Evil, algo como a Malévola Liga do Mal, uma confraria de supervilões). Soltaram esse filmete de graça na internet sob a forma de um blog e virou um sucesso mundial, tendo inclusive ganhado um Emmy agora, em 2009.
Dr. Horrible tem que lutar contra seu Nemesis, Captain Hammer (Nathan Fillion, de Firefly, ótimo como um super herói canastrão e narcisista) não só para dominar o mundo mas também para ganhar o coração da doce moça boazinha que ele encontra toda semana na lavanderia e que faz serviço voluntário para os sem-teto (Felicia Day, perfeita no papel).
Infelizmente, quando eu tentei mostrar isso para a Dê outro dia, ela tinha acabado de chegar em casa com dor de cabeça/mau humor/sem paciência, de modo que decretou que não viu e não gostou, não quer gostar e tem ódio de quem tocar no assunto com ela.
Mas assista. É inteligente, engraçado e as músicas são ótimas!
E, se tiver no youtube também, tente assistir aos vídeos de "supervilões" do mundo inteiro (fãs do programa) enviados para a E.L.E. como pedidos de filiação. Tem uns ótimos!

... de noite, na cama, eu fico pensando...  

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Se você é sensível a assuntos, digamos, íntimos, é melhor pular esse post. Vou abrir meu coração aqui e falar de algo que tem sido difícil de lidar mas que tem que ser resolvido.
Eu sei que é meio desagradável falar nisso, mas a Dê e eu temos tido problemas na cama. Bom, sendo sincero, o problema é meu, um probleminha, mas afeta a Dê diretamente (óbvio). E ela não é de ficar quieta, se está insatisfeita, fala mesmo.
Sim, eu sei, poucas pessoas admitem isso, mas nós acreditamos que encarar o problema de frente é a melhor maneira para resolvê-lo.
Não é exatamente uma novidade. É uma certa dificuldade que me persegue desde que nos conhecemos mas que, com o tempo, tem se agravado.
Acho que com a idade, stress, ganho de peso, nem é de surpreender que isso viesse a acontecer. E acho que muitos casais passam por isso, também, e é mais fácil para alguns ignorar o problema que encará-lo. Aliás, tem gente que nem pensa que isso é um problema, vai saber.
O fundo do poço para nós foi na última segunda feira. Fui dormir na sala, frustrado. E o sofazão de couro é legal, mas não é tão confortável quanto a nossa cama, então, imagina o meu mau humor (e o da Dê) na manhã seguinte.
Foi aí que demos um basta e resolvemos que era hora de encarar o problema de frente. Pesquisamos, e vamos apelar para a tecnologia. Compramos uma maquininha aqui que promete resolver todos os casos relacionados, aumenta a temperatura e umidade das partes afetadas, e ainda fica com umas luzinhas psicodélicas legaizinhas piscando ao lado da cama.
Então, cruze os dedos e mande uma corrente de pensamento positivo aí para nós. Se eu não parar de roncar com esse umidificador, não sei mais o que vou fazer...

Jane Austen Addicts  

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Estamos passando por uma fase meio maníaco-compulsiva com relação à Jane Austen. A Denise resolveu reler todos os livros da moça como preparação para mergulhar em uma bobagenzinha deliciosa: Confessions of a Jane Austen Addict (Laurie Viera Rigler), um livro sobre uma californiana muderna que, sem mais nem menos, acorda no corpo de outra mulher em 1813, em plena Inglaterra Austeniana.


O choque com os cheiros das pessoas que tomam poucos banhos, com as comidas, com os costumes e com a vida que ela tem que levar dentro dessa nova realidade são divertidíssimos.


Estou terminando o livro agora, mas já preparado para a sequência: a moça lá de 1813, Miss Mansfield, também acorda no corpo de outra mulher: o da californiana muderna, em pleno 2009 (Rude Awakenings of a Jane Austen Addict). Fortes emoções a aguardam...
pe esse: descobri o blog da autora. Bem divertido, confere lá: http://www.janeaustenaddict.com/

Pode o outono voltaaaarrr...  

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Quando acordei, hoje pela manhã, havia uma piada pronta para colocar aqui no blog: a extrema organização dos EUA. Afinal, 21 de setembro é o começo do outono aqui, certo? Como as árvores sabem ler o calendário, de ontem para hoje todas elas simplesmente deixaram suas folhas cair.
Não, não é algo que começou semana passada aos pouquinhos e hoje está mais forte. Ontem não havia uma única folha na calçada e, agora de manhãzinha, são poucas as que restaram nas árvores aqui perto. Organização é isso.
Mas não dá para fazer piada com o clima no Colorado. Quando você acha que a coisa está estranha, ela fica mais estranha ainda.
Ontem saímos para um supermercardo rápido, eu com o meu uniforme de cidadão de Denver: bermudas, camiseta e chinelos. E agora, 10:00 da manhã de segunda feira, está nevando aqui.
O inverno promete...

uma vez Flamengo...  

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esse time, as vezes, só me dá alegrias...

A televisão me deixou burro...  

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A Dê e eu temos discutido muito a televisão esses dias. Principalmente a televisão americana, que gera um dos produtos de que mais gostamos: os seriados.
Simplesmente não conseguimos entender como é que pessoas que não gostam de TV são exatamente as responsáveis por escolher a programação, quais shows devem ou não ter continuidade, o que deve ser exibido.
Isso é particularmente doloroso para nós agora que vamos terminar de ver os últimos 2 dos (apenas) 14 episódios de Firefly exibidos. Sim, é isso mesmo: justo quando estava ficando MUITO bom, cancelaram. Os motivos alegados: justo no episódio piloto, aparece uma imagem de um Pastor em um momento de desespero, sendo consolado / aconselhado / abençoado por uma prostituta. E a história é sobre um grupo de foras da lei que vive de roubos e contrabando, fugindo das "autoridades" de um estado policial. A Fox (onde a série foi originalmente exibida) nunca engoliu isso e se recusou, inclusive, a vender a série para o SciFi Channel. Lamentável.
E tem também o fim de Enterprise, da série de Jornada nas Estrelas, que durou apenas 4 temporadas, ou Fairscape, que ninguém conhece, mas que era sensacional quando colocava um astronauta humano indo parar acidentalmente no meio de um grupo de extra-terrestres que ficavam gozando a cara do terráqueo o tempo todo por ele ser primitivo e limitado.
E a censura? todo palavrão é cortado, e toda imagem minimamente erótica (ou seja lá o que eles interpretam como erótico) é retocada. No fim de semana comecei a ver 300, e eles exibiram sem o menor problema toda a carnificina, espadas e lanças tirando pedaços de corpos, tudo lá. Mas se um mamilo de uma moça aparecia sob o fino tecido de um vestido, retoque na imagem. Ou o simples corte de cenas inteiras, como a orgia que o Imperador oferece ao traidor.
E os programa simplesmente idiotas? Ghost Hunters é de uma imbecilidade ofensiva, um grupo de sujeitos com cameras de baixa qualidade e pouca luz fazendo cara de assustados em casas supostamente assombradas por fantasmas. Programas de gordos sendo torturados por instrutores saradões para que percam peso. Disputas entre costureiros ou cozinheiros ou decoradores que, ao invés de mostrar quem tem mais talento, mostra quem tem o ego mais inflado. E aqueles destinados a mostrar para as garotas americanas que a melhor coisa a fazer na vida é virar prostit... quer dizer, "modelos" com atitude.
Mas, sejamos justos: tem muita coisa boa, também. The Big Bang Theory é das coisas mais engraçadas que já apareceram na TV, Rescue Me deu a impressão de que seria um melodrama mas é muito interessante (e com ótimos momentos de humor), Mad Men é televisão para gente grande, True Blood parece reinventar as histórias de vampiros (mas confesso que esse eu não vi direio ainda, não) e o programa humorístico do Jon Stewart simplesmente é visto por grande parte da população americana como se fosse jornalístico. E está vindo por aí Cáprica, a nova série do Stargate, a refilmagem de V, A Batalha Final...
No fim das contas, nós amamos televisão. Então, dá licença que acabamos de alugar as 4 temporadas de Coupling, e vamos ali dar risada dos ingleses que conseguiram fazer uma série ainda mais engraçada que Friends.

Thumper Thinks  

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Todo dono de gato é meio alucinado por qualquer coisa relacionada aos bichinhos.
Ontem, por exemplo: Estávamos Denise e eu assistindo pela 1.045a. vez Pride & Prejudice quando descobrimos por acidente que o Animal Planet estava exibindo um programa chamado "Cats 101", falando de Egipcian Maus, Turkish Angoras e Maine Coons. Ficamos feito uns bobos olhando aquilo e esquecemos o filme (perdemos nossa parte favorita, o primeiro pedido de casamento de Mr. Darcy, recusado pela Elizabeth).
Bão, isso tudo foi para falar que, dentro das bobeiras relacionadas a gatos a que estamos habituados, inclui-se ler blogs (teoricamente) escritos por gatos. Sim, eu sei, é bobagem, mas é bem divertido. E um dos que estão na nossa lista de favoritos aqui é o PsychoKitty, escrito pelo Max.
Na verdade, esse blog do Max (e o do outro gato da casa, Buddah Pest) é escrito por sua dona, K. A. Thompsom que (surpresa!!) também tem um blog pessoal, Thumper Thinks Out Loud . E é constrangido que confesso que, embevecido pelas gracinhas de Max e Buddah, nunca havia prestado muita atenção no que ela tinha para falar.
Mas ela tem me esfregado alguns textos tão bons na cara, ultimamente, que não dá para evitar: a moça é boa com um teclado nas mãos. Suas elocubrações sobre religião (Some people are so religious they stop being Christian, and I didn’t want to be one of those people), sobre política e religião (a government of and by the People, not of and by the Church At Which The Congressman Has Membership), sobre o fato de alguns pais conservadores terem mantido suas crianças em casa para que elas não ouvissem o discurso do Obama para as escolas (And if you can't bear for your precious snowflake to have even a remote chance to be exposed to ideas different than your own...you fail at parenting, truly you do), gays, o chilli da rede Wendy's, a idéia aterrorizante de perder o marido, o alarme de incêndio que dispara no meio da noite, tudo é muito bom.
Vá lá e se divirta.
Eu vou procurar os livros dela, agora.

Por falar em gordo...  

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uma amostra do que eu sou obrigado a passar por aqui. Minha vida é muito dura:






e o resultado:


Fim de semana... 2  

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Informações importantes para complementar a postagem de ontem:


1. Voltei a ter domínio dos meus braços;


2. O novo amor da vida da Denise é o Chef David Lebovitz. E o livro dele, Sweet Life in Paris é divertidíssimo, recomendamos de com força.


3. Dois acidentes antes do jantar de ontem na casa do Scott e da Marlyn: Esqueci o sorvete de chocolate em casa (a Dê quase me mata, roubei a chance de ela receber mais elogios) e o bolo caiu do banco no chão do carro quando eu tive que dar uma freiada brusca por conta de um idiota na minha frente (mas estava bem protegido com filme e uma sacolona plástica, então só o "molho" é que caiu da forma, não houve maiores estragos).


4. O bolo foi inteiramente devorado, só conseguimos trazer um pedacinho de volta para casa - já devidamente consumido como café da manhã. Depois pergunta por que é que eu engordei tanto...


5. Acordo 05:45 da manhã para ver a corrida. Me aboleto no sofá e Manu, surpreendentemente, pula no meu colo, se enrosca toda e dorme ali. Ela nunca fez isso. O'Malley ainda está rosnando para ela, mas já está diminuindo a intensidade: se deitou ao meu lado, também, e cochilou durante toda a corrida.


6. Barrichello, 37 anos, tem a maior e real chance da vida dele para ganhar um campeonato do mundo. Petkovic, 37 anos, se transformou no maestro do time do Flamengo e liderou o Fuderosão na bela vitória de ontem (mas aquele voleio do Adriano logo no começo do jogo tinha que ter entrado!). Esse mundo está virado...


7. Choveu para caramba em Denver ontem, o dia inteiro. E hoje, 07:30 da manhã, uma cena que o povo daqui não conhece: uma neblina de filme de terror cobria a cidade. A visão aqui da rua estava linda...

Fim de semana e velhice  

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Estou ficando completamente americanizado: trouxe o laptop para um café bem gostosinho aqui perto da aula de costura da Dê e estou vendo as notícias enquanto tomo um mocha (prefiro o do Dazbog) e como um croissant de chocolate.
Mas o fim de semana na verdade começou na quarta feira (na verdade, o que eu fiz na quarta feira é que trouxe consequências até hoje). Tentando acabar com a sensação de ferrugem que tomou conta de mim, achei uma academia de ginástica perto de casa. Academia de puxador de ferro, sacumé? nada daquelas frescuras de alongamento, yoga, ginastiquinha disso ou daquilo. É puxar ferro mesmo.
E o resultado é que, desde ontem, eu não consigo mexer os braços. Sério. Precisei de ajuda para vestir e tirar uma blusa. A idade é cruel...
E fomos convidados para ir jantar na casa do Scott e da Marlyn hoje. Para variar, a Dê não entendeu o conceito de ser apenas uma convidada, e passou os últimos 2 dias inventando moda na cozinha. Vamos levar para lá:
1. um super sorvete de chocolate que ela fez baseado nas receitas do novo amor da vida dela - um chef americano que mora em Paris e tem um livro engraçadíssimo sobre o choque cultural que é tentar conviver com os parisienses - e
2. um bolo chamado Tres Leches (três leites), que a gente experimentou em um restaurante cubano ótimo daqui (Sora, vamos levar você lá!!) e que finalmente achamos a receita na internet, depois de muita pesquisa.
Manu lambendo o chão de pedra do lavabo. Achamos estranho e imaginamos que seja carência de minerais no organismo. Ela também perdeu peso, então, levei a bichinha no veterinário ontem. Os resultados do exame de sangue só saem na segunda, mas o O'Malley não quer nem saber: está rosnando e batendo nela desde ontem e, desta vez, resolveu expressar seu ódio mortal do cheiro estranho na Manu rosnando para a Dê e para mim, também. Hoje chegamos a trocar uns tapas. Esse bicho também está ficando pior depois de velho, não estou sozinho nessa...

Nelsinho Piquet fez merda, o Flamengo joga hoje (valei-me, São Judas e São Zico) e amanhã, se certas pessoas deixarem, vou participar da minha primeira corrida de GPL em mais de um ano (Hockenheim, delícia de pista!). Ou seja, o fim de semana está indo bem.

Todas as mulheres do Mundo  

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A dica do Fernando sobre o artigo do NY Times falando sobre a situação das mulheres no mundo – principalmente na Ásia e na África - foi excelente, mas originou duas discussões paralelas (no blog dele e aqui em casa) que, de alguma forma, convergem.
No blog do Fernando, voltado principalmente para a discussão de assuntos ligados à arquitetura, a pergunta que nos persegue há gerações: por que diabos tão poucas arquitetas se tornam “estrelas” da profissão?
Aqui em casa, onde eu tenho que lidar diariamente com uma feminista radical que se revolta com cada manifestação do desrespeito às mulheres no mundo (a Dê não se conforma quando vê uma muçulmana com os cabelos cobertos, por exemplo. Aquilo a ofende pessoalmente) a pergunta é: por que é que mulheres em posições de poder ao longo da história aparentemente nunca fizeram nada para melhorar a situação das mulheres em suas sociedades?

Não acho que vamos achar respostas para essas perguntas.

Mas é curioso ver como existem exemplos que nos deixam ainda mais encafifados. Veja, por exemplo, o caso da Julia Morgan, arquiteta, uma das profissionais mais produtivas nos EUA na virada do século XIX para o XX.
Uma mulher.
Pois é, ninguém nunca ouviu falar nela (eu nunca tinha ouvido).
Ela foi a responsável pelo megalômano projeto da casa do William Randolph Hearst, magnata das comunicações (mais conhecido pela caricatura dele feita em Cidadão Kane), que demorou 25 anos para ficar pronta e custou mais de 4 milhões de dólares na época (os honorários da Morgan foram de 75 mil dólares durante esses 25 anos, somos mal pagos desde sempre).
Pois então.
Ela fez engenharia em Berkeley (não havia curso de arquitetura lá na época) e foi a primeira mulher a receber o diploma de arquiteta na École des Beaux Arts de Paris. Teve mais de 700 projetos construídos e poderia ter mudado tudo para as mulheres na profissão mas, de novo, nós mal ouvimos falar dela.
Por que?

E as mulheres poderosas ao longo da história? Hatshepsut, Cleópatra, Eleanor de Aquitânia, Elizabeth I, Catarina da Rússia, Rainha Vitória, Rainha Margot. Nenhuma delas, aparentemente, fez nada para mudar a situação das mulheres durante suas respectivas épocas. Por que?
Na verdade, a tese que parece ser a mais crível é que essas mulheres tinham que fazer um esforço absurdo simplesmente para se manter no poder ou vivas. Dá para citar vários reis, imperadores, governantes fracos, ineptos, incompetentes, mas que mantinham o poder com facilidade. As mulheres estavam sempre no fio da navalha, qualquer mínimo sinal de fraqueza serviria de desculpa para alijá-las do trono (ou alguém acha que se o Presidente dos EUA hoje fosse a Hillary Clinton ao invés do Obama a vida dela não estaria sendo muito mais difícil?!!?).
E havia ainda a cultura da sua própria época.
O movimento das sufragistas (a luta das mulheres em todo o mundo para ter o direito de votar) era enfraquecido principalmente pelas próprias mulheres, que não viam direitos políticos como um objetivo a ser buscado. A maior parte das mulheres que se lançavam em uma vida “pública” lutavam em ligas pela moralidade ou contra a bebida.
Enfim, uma discussão sem fim. Mas muito interessante.

a roupa faz o monge  

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É fim de semana prolongado aqui, também - 7 de setembro é o dia do Trabalho yankee - e, como em todo feriado, promoções pipocam nas lojas.
Assim, a Dê e eu vamos cumprir nossa obrigação cívica e, pensando única e exclusivamente em ajudar a tirar o país da crise econômica, vamos às compras durante o fim de semana. Especificamente, iremos dar mais um passo na minha transformação em um perfeito Coloradian: vamos comprar minhas roupas de esqui.
Não, eu não sei esquiar. O mais perto que já cheguei disso foi em '96, no Japão, quando meu irmão Marco me levou para as montanhas e uma descida que leva, em média, 3 minutos, transcorreu em 4 horas e meia, tantos tombos eu levei na neve.
Mas tenho esperanças de que, na verdade, tenho um enorme talento nato (e até hoje oculto) para a coisa e vou me descobrir no fim do ano, quando a neve chegar.
E também não posso fazer feio frente ao Henrique que declara, desde os 5 anos de idade, ser um ás no snowboard, mesmo nunca tendo visto neve na vida...

Salvando as Mulheres do Mundo  

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A dica, preciosíssima, foi do Fernando: uma reportagem dos jornalistas Nicholas D. Kristof e Sheryl WuDunn na revista do N. Y. Times chamada "Salvando as Mulheres do Mundo - Como mudando as vidas de mulheres e meninas no mundo em desenvolvimento pode mudar tudo". Para Kristof, se o século XIX foi marcado pela luta contra a escravidão e o século XX contra o totalitarismo, o século XXI deveria ser dedicado a acabar com a brutalidade contra mulheres e meninas por todo o mundo.
E eles usam argumentos - e exemplos impressionantes - para mostrar como investimentos mínimos em saúde, segurança e educação de mulheres e meninas em lugares como a África ou a Ásia pode melhorar para muito melhor a economia destes lugares, diminuir os índices de violência e, literalmente, mudar o mundo.
A desigualdade e o preconceito contra mulheres existe em todo o mundo. Mas se alguém no mundo "civilizado" reclama de salários menores ou algum eventual abuso sexual e moral por parte de uma chefia machista, o que dizer de meninas vendidas pelas próprias famílias para serem escravas sexuais, ou proibidas de estudar (por serem meninas), ou deixadas para morrer simplesmente por não receberem os mesmos cuidados médicos que seus irmãos?
Diminuir a importância e o valor da "porção melhor*" que temos no mundo é, no mínimo, uma burrice atroz. E pagamos por isso duramente, mesmo sem nos darmos conta.
*citação sutil de Gilberto Gil, pegaram?